Em um rio cheio de lixo no Rio de Janeiro, os transeuntes ficam maravilhados enquanto Luiz Fernando Barreto flutua no topo da casa que ele montou com sucata de madeira, plástico e metal.

Conhecido localmente como “Luiz Bispo”, o homem de 55 anos que se considera um artista e filósofo tem ainda a sua pequena piscina circular e carrinha a bordo.O principal objetivo de sua casa flutuante, diz Barreto, é fazer com que os políticos prestem atenção às questões ambientais no popular destino turístico.

Esgoto bruto e lixo tomaram conta das águas do Rio Pavuna, que Barreto chama de lar na pitoresca cidade do Rio de Janeiro. Ele recolhe a água suja em um recipiente de plástico que usa para filtrar o plástico e o lixo da água que escorre de volta ao rio. "Se há um produto no planeta que é realmente valioso, não são diamantes nem ouro", disse ele, sentado em uma velha cadeirinha esportiva que prendeu à jangada. "A água sempre foi valiosa, e sempre será. Sem água, não há vida." Barreto, que cresceu em um dos muitos bairros pobres do Rio, conhecidos como favelas, disse que deseja que ativistas ambientais globais como Greta Thunberg venham ver os problemas do Rio, particularmente a poluída Baía de Guanabara que circunda a cidade. "Venha para o Rio de Janeiro, venha nos ajudar, venha passear pela Baía de Guanabara... É humilde aqui no meu barquinho, mas é feito inteiramente de material reciclado. Venha nadar na minha piscina, a água é limpa, venha Greta, me ajude a limpar a Baía de Guanabara".