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Imigração para o Canadá: crise, violência e facilidade de residência fazem fluxo de brasileiros explodir - BBC News Brasil
Brasil tornou-se o sétimo país que mais exporta moradores permanentes para o país em 2021, quando número mais do que dobrou em relação a 2019, último ano antes da pandemia.
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No Brasil, a pernambucana Paula Affonso, de 39 anos, era advogada com carreira estável no serviço público federal. No Canadá, precisou bater ponto como operária de fábrica. Seu marido, José Arlan, de 43 anos, também advogado, trocou os ternos pelo macacão de peão de obra.
Após quatro anos no exterior, eles têm hoje uma casa com piscina, dois carros e nenhum arrependimento.
O casal e os três filhos estão entre os 11.425 brasileiros que se tornaram residentes permanentes do país em 2021, um aumento de 116% em relação aos 5.290 de 2019, último ano antes da pandemia.
O aumento fez com que o Brasil se tornasse o sétimo país que mais exportou residentes permanentes para o Canadá no ano passado.
Segundo dados do órgão de imigração canadense, o Immigration, Refugees and Citizenship Canada (IRCC), em 2020 o Brasil já começava a se destacar, mesmo diante do recuo generalizado na imigração causado pela pandemia.
Naquele ano, os brasileiros apareceram pela primeira vez na lista das dez nacionalidades que mais imigraram para o Canadá, na 9ª posição, com 3.695 residências permanentes concedidas. Neste ano, até 17 de julho, já são 4.110.
"A crise econômica e a violência no Brasil são elementos centrais que motivam a saída do país. Soma-se a esse contexto a polarização política, que faz com que as pessoas tenham cada vez menos confiança no futuro do Brasil", aponta Leonardo Paz, analista de Inteligência Qualitativa no Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV).
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