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Demitido e acusado de homofobia, Maurício Souza quer deixar o país

Demitido do Minas Tênis Clube e afastado da seleção brasileira de vôlei, o jogador Maurício Souza admitiu estar em negociações com equipes de fora do país. O atleta entrou na linha de tiro da militância digital depois de publicar na internet sua opinião sobre a nova série de quadrinhos do novo Super-Homem, na qual Jon Kent — filho de Clark Kent e Lois Lane — é bissexual.

A pressão foi tamanha nas redes sociais que os patrocinadores do Minas Tênis Clube, time de Maurício, exigiram a demissão do jogador. Ele teve o contrato rescindido na quarta-feira 27. O atleta também foi acusado de homofobia pelo ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Walter Casagrande e pelo apresentador da TV Globo Felipe Andreoli — e anunciou que vai processá-los.

“Estamos com algumas opções aqui no Brasil e no exterior”, afirmou Maurício em entrevista ao jornalista Thiago Asmar, no canal Pilhado, no YouTube. “Meu empresário está com medo de eu ficar aqui no Brasil. Talvez a melhor opção seja sair do país mesmo. Aqui no Brasil, para qualquer time que eu vá, vai ter pressão da ‘galerinha da lacrolândia’”.

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Na entrevista, Maurício admitiu ter “medo de ficar no Brasil” depois do episódio. “Não por mim, mas pelos meus colegas de equipe”, afirmou. “Se o time não tiver uma estrutura muito forte junto com os patrocinadores para aguentar essa pressão, vai ser difícil. Como o grupo lidaria com isso? Como seria a minha aceitação dentro desse grupo? Então, prefiro nem pagar para ver.”