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Cultura & Entretenimento

Réu por suas piadas, Léo Lins compara MP ao Estado Islâmico

Nesta quinta-feira (7), o humorista Léo Lins comparou o Ministério Público ao Estado Islâmico, após virar réu por fazer piadas ofensivas a grupos considerados minoritários. Segundo o comediante, tanto o órgão brasileiro quanto a organização terrorista cometem erros acreditando “estar combatendo o mal”.

– Tenho certeza de que as pessoas envolvidas no meu processo creem agir em nome do bem. Eles acreditam estar combatendo o mal e estão utilizando todas as armas a seu dispor para acabar com o crime e o suposto pecador. Porém… o Estado Islâmico, por exemplo, comete atrocidades em nome do bem. Eles utilizam o poder que possuem para combater os infiéis. (…) Não estou dizendo que o MP é o EI. A ideia é mostrar que em nome do bem, erros podem ser cometidos – declarou ele em sua conta no Instagram.

Na mesma portagem, Léo Lins sugeriu que está sendo “esmagado” pelo Estado.

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– É justo, sob o suposto manto da proteção ao ataque covarde às minorias, o Estado usar seu poder para esmagar um indivíduo, chegando a declarar o objetivo de eliminar sua fonte de renda? – questionou.

Lins também apontou um paradoxo na sociedade atual em relação ao conceito de diversidade.

– Irônico uma época que fala tanto em DIVERSIDADE, proibir a diversidade de pensamento – escreveu.

ENTENDA

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Léo Lins por fazer piada contra grupos minoritários ou vulneráveis. Na argumentação, o órgão afirmou que o humorista reproduzia “discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”.

O MP-SP citou na denúncia a chamada “lei antipiadas”, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro. Por meio dessa norma, piadas com minorias passam a ser consideradas como crime de racismo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou o comediante. Além de ter R$ 300 mil bloqueados de suas contas bancárias, o humorista também teve suas redes sociais suspensas. A decisão se refere aos canais de Léo Lins no TikTok e YouTube que ficaram fora do ar por 90 dias. As contas no Instagram, Twitter e Facebook continuam ativas.