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Cultura & Entretenimento
O TEATRO PANDÊMICO PÓS-COVID-19
Inúmeras atividades até então praticadas com a participação presencial tendem a "desaparecer" em definitivo tendo como alternativa o e-commerce (lojas físicas e redes inteiras de shopping centers). A vida Fitness (academias) serão do forma virtual. Os "jovens" a mais tempo, lembrarão da atriz Jane Fonda e o sucesso na tevê americana com um programa de ginástica nos idos dos anos de 1980. Reuniões são feitas por vídeo conferência. Palestras e até o sexo virtual, Este há muito já deixou de ser novidade (desde o tele-sexo) e em franco crescimento estão adiantados no processo de transição das relações de convívio + diversão, e apenas se evidenciou com a pandemia do Corona-Vírus.
Tenho pensado com recorrência sobre o entretenimento e os espaços para shows e espetáculos, por ser algo indispensável à sobrevivência, e que em algum momento terá que retornar em algum formato. Visto que mais especificamente sobre os teatros na configuração, que conhecemos e praticamos, terão que adaptar-se rapidamente. Na sua imensa maioria, muitos não terão essa sorte e estarão fadados ao encerramento das atividades em definitivo.
- Quais seriam as alternativas?
- O vídeo-teatro?
Perde sua essência. O teatro "filmado" é outra coisa que não "o teatro".
Não tenho a resposta, ainda! Mas vou encontrar uma alternativa que se encaixe afim de levar meus projetos adiante. Enquanto isso não acontece senão no
âmbito limitado de minha compreensão, tenho exercitado o hábito saudável dos inúmeros artifícios de raciocínio que me assolam nesse "isolamento" social.
- Delírio, consolai-me!
O cenário que se constrói tem referência no Red Ligth District, de Amsterdam e suas "Vitrines de Sexo".
Em Amsterdam a prostituição é um trabalho legalizado, tratado como qualquer outro. Ali, assim como no resto da Holanda, prostitutas têm direitos trabalhistas, pagam impostos sobre o que recebem e se organizam para lutar por melhores condições de trabalho. Nada diferente dos dentistas, operários ou advogados. Para trabalhar no ramo, é obrigatório ter mais que 18 anos e ser cidadã legal de qualquer um dos países da União Europeia. “A diversidade aqui é grande. Tem para todos os gostos”, “As meninas são de diversas etnias e tipos. Tem as mais cheinhas, as magrinhas, as altas, as baixas e as trans”.
A "cafetinagem" é proibida. As meninas não têm chefes, trabalham por conta própria para evitar a exploração. Recebem regularmente a visita de assistentes
sociais do governo, que buscam identificar se as garotas estão ali por vontade própria ou se estão sendo forçadas por alguém. As que demonstram querer
mudar de ramo profissional recebem aconselhamento. Elas ainda são instruídas com relação ao sexo seguro e a fazerem exames médicos regulares.
Ao contrário de outras zonas de prostituição ao redor do mundo, essa região não é, nem de longe, degradada e entregue ao crime e à violência. As ruas de
"De Wallen", o maior e mais famoso Red Light District são limpas e conservadas, possuem policiamento constante e prédios charmosos. Mais interessantes
que a arquitetura, no entanto, são as amplas vitrines nas quais as mulheres se exibem, em turnos diurnos e noturnos, trajando biquínis ou roupas mínimas.
As vitrines são a forma que as mulheres encontraram de atrair clientes sem desrespeitar a lei, já que elas não podem trabalhar nas ruas e calçadas.
Os donos dos imóveis, no entanto, não têm – ou não deveriam ter – qualquer ligação com as meninas além da de inquilino/proprietário. Além das vitrines,
outros postos licenciados de trabalho são os sex clubs e os atendimentos privados.
A prostituição em Amsterdam se integra à vida da cidade, e não está à margem dela. A apenas alguns metros das vitrines, encontramos jardins de infância
e igrejas. Famílias que nada têm a ver com esse mercado moram nas redondezas e não raramente passam por ali para resolverem suas questões do dia
a dia. No entanto, parece uma boa oportunidade para enxergar melhor os seres humanos por trás das "vitrines".
A VITRINE TEATRO BRASIL
Seria essa uma alternativa viável levando em consideração o que temos assistido e que recebem a denominação de "teatro performático", espetaculização
da mediocridade e banalização cultural que se esparramou pelo país?
Ainnnn... Você está comparando a prostituição ao ofício teatral?
- Não. Em definitivo, NÃO!
Seria injusto com as profissionais do Red Ligth District, do De Wallen.
Em sua considerável quantidade de "artistas" que sob o protexto raso da manutenção dos programas de incentivos e organismos perversos de fomento
à desastrosa produção cultural e seus emponderamentos, vos digo:
- Não teriam essa dignidade!
Seguimos ...
Tags: Sexo, #teatro, coronavírus, Pandemia