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Ciência & Tecnologia

Lançamento do Artemis I da NASA pode mudar o futuro da humanidade

A NASA está a algumas horas de lançar o primeiro voo teste não tripulado do programa Artemis, que tem como objetivo levar humanos de volta à Lua dentro dos próximos 10 anos. Marcado para o dia 29, o lançamento do foguete está animando os líderes da agência.

“Prepare-se para Artemis I – estamos indo!”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, depois do foguete chegar na plataforma de lançamento nesta terça-feira.

Ainda assim, o entusiasmo não parece estar sendo compartilhado pelo público geral. “A maior parte dos Estados Unidos não está prestando atenção ao plano da NASA de devolver humanos à Lua”, disse Laura Forcyzk, fundadora da empresa de análise espacial Astralytica.

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Artemis I é apenas o começo de um projeto muito maior, de acordo com Forcyzk. Por enquanto o voo não tripulado irá apenas realizar medições e observações. Mas após concluída, a NASA planeja completar a Artemis II até maio de 2024, que verá quatro astronautas percorrerem o mesmo trajeto de Artemis I ao redor da Lua.

Em 2025, Artemis III verá a Nasa pousar os primeiros humanos na Lua desde a década de 1970, incluindo a primeira mulher e pessoa de cor. Várias gerações de pessoas, millennials, geração Z e a próxima geração alfa, nunca viram um ser humano pisar em outro mundo, observa Forczyk.

A Nasa continuará a voar em missões Artemis adicionais até o final da década de 2020, eventualmente construindo uma estação espacial em órbita lunar e postos avançados no Pólo Sul da Lua.

É um programa projetado para testar tecnologias e estratégias operacionais que a Nasa deseja desenvolver para futuras missões planetárias, como uma missão tripulada a Marte em algum momento da década de 2040.

Mas as grandes visões das missões Artemis posteriores e a eventual missão humana a Marte dependem de um voo de teste Artemis I bem-sucedido. É possível que algo possa dar errado, mas Forczyk não acha que seja provável.

"Todos os olhos estão no programa", disse ela. “A NASA é uma agência governamental conhecida e popular, mas também muito criticada no que diz respeito ao quanto gasta. E assim, quando todos os olhos estão voltados para isso, você precisa justificar essas despesas. Você quer garantir que os políticos e o público saibam que seus dólares de impostos vão ter bons resultados.”

Quase 50 anos depois da missão Apollo 17, a última a levar seres humanos à Lua, a Nasa retoma o projeto de explorar a superfície lunar — e o primeiro passo para isso ocorrerá já nesta segunda-feira, quando a agência americana irá lançar a missão Artemis I. Sem tripulantes, a espaçonave Orion voará ao redor da lua no que será o maior tempo em que uma nave para astronautas já passou no espaço sem atracar em uma estação espacial, com estimativa de 42 dias, 3 horas e 20 minutos.

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Este é o início de uma série de jornadas que pretendem estudar o percurso a ser feito nos próximos anos e que têm por objetivo levar a primeira mulher e o próximo homem ao polo sul lunar, em 2025. Mas quem quiser acompanhar a viagem já poderá se juntar à espaçonave virtualmente, por meio do Artemis Real-time Orbit Website (Arow) neste domingo. A missão também será transmitida no site da Nasa e pelo Twitter.

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Com 98 metros, o foguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS) está programado para decolar às 8h33 (9h33 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. De acordo com a Nasa, a Artemis I é um passo importante nos objetivos de longo prazo da agência, que apresenta como meta explorar mais a superfície da Lua e estudar a possibilidade de viajar para Marte.

— Para todos nós que olhamos para a Lua e sonhamos com o dia em que a humanidade retornaria à superfície lunar, aqui estamos. Aqui vamos nós de novo — disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, em entrevista coletiva.