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Anvisa aprova primeira vacina contra a dengue de uso amplo na população | O TEMPO
O imunizante é indicado para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem histórico prévio de dengue. Ele protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti
Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (3) o registro de uma nova vacina contra a dengue. Produzido pela empresa Takeda Pharma, o imunizante Qdenga é indicado para população entre 4 e 60 anos.
De acordo com a Anvisa, a vacina será administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
Este é o segundo imunizante contra dengue a receber registro no Brasil, mas o primeiro que poderá realmente mudar o curso das epidemias da doença.
A primeira vacina, do laboratório Sanofi Pasteur e aprovada no Brasil em 2015, foi descartada pela maioria dos países como estratégia de prevenção por ser recomendada apenas para quem já contraiu algum sorotipo da dengue, pois aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus. Ela tem ainda como limitação a faixa etária para qual é indicada: 9 aos 45 anos.
Já o imunizante da Qdenga é indicado para pessoas de 4 a 60 anos, com ou sem histórico prévio de dengue. O produto protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
“A demonstração da eficácia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina”, justificou a Anvisa ao anunciar a aprovação.
No mês passado, a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) aprovou a segurança da vacina Qdenga, que aguardava agora o aval da Anvisa.
A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação.
A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, no entanto, seguirá sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da própria empresa. (Com Estadão Conteúdo)