BACK
Opinião

As homenagens, no Carnaval

Por Mauro Magalhães -  Ex-deputado e empresário. 

No último domingo, durante o desfile da Banda da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foram lembrados 

os 90 anos do artista plástico Mário Mendonça . 

Click to continue reading

O grande pintor vai comemorar a data no dia de seu aniversário,  6 de agosto. 

Mário Mendonça recebeu a faixa de padrinho do Bloco Pintassilgos,  formado por um grupo de pioneiros da Barra da Tijuca,  moradores antigos,  que foram habitar o bairro nos anos 60.

Autodidata,  Mário Mendonça é carioca,  fez o Curso de Direito,  antes de tornar-se pintor. 

Em 1961, conheceu Emeric Marcier,  que o aconselhou a seguir a carreira de artista plástico. 

Mendonça estudou com Aluísio Carvão e com Ivan Serpa,  os grandes mestres, nos anos 60. 

Carvão e Serpa davam aulas de Desenho e Pintura,  no Museu de Arte Moderna,  ponto de encontro de artistas e intelectuais. 

O MAM do Rio de Janeiro tinha como diretora,  nessa época,  a histórica Niomar Muniz Sodré, jornalista e responsável pelo Correio da Manhã,  viúva de Paulo Bittencourt,  que era o diretor-proprietário do jornal. 

Mário Mendonça é considerado,  hoje,  o maior artista plástico brasileiro, 

de arte sacra contemporânea,  com diversas exposições individuais no Brasil e na Europa. 

Integrante da Confraria dos Amigos da Barra da Tijuca,  Mendonça pintou painéis,  afrescos e pinturas em muitas igrejas do Rio de Janeiro e de outros estados. 

Ele também tem parte de sua obra exposta no museu do Vaticano e em museus e galerias de Nova Iorque,  Paris,  Londres,  Madri, Lisboa,  Berlim,  Pequim,  Tóquio,  entre outras capitais mundiais. 

Além de Mário Mendonça,  homenageado na Barra da Tijuca,  outros artistas e personagens importantes da vida cultural são reverenciados,  neste Carnaval .

Outro nonagerário,  o querido sambista Noca da Portela, é figura de honra do Rola Preguiçosa,  bloco da Rua Sacopã,  na Lagoa. 

O Simpatia é Quase Amor reverencia, em seu desfile de 2024, o saudoso Albino Pinheiro,  fundador da Banda de Ipanema,  que morreu em 1999 e foi um dos maiores incentivadores do Carnaval. 

Dona Zica,  Bussunda e Aldir Blanc também são citados no samba oficial do Simpatia,  este ano. 

A tradicional Banda de Ipanema,  criada por Albino Pinheiro,  nos anos 60, e presidida,  atualmente,  por Claudio Pinheiro ( irmão de Albino Pinheiro), vai celebrar,  em seu desfile,  neste sábado de Carnaval,  a escritora Conceição Evaristo. 

E, finalmente,  meu amigo,  João Roberto Kelly,  recebeu,  no último domingo,  homenagem do Cordão do Bola Preta. 

Aos 85 anos,  João Roberto Kelly,  pianista,  compositor e produtor cultural,  é o Rei das Marchinhas de Carnaval. 

Nascido na Gamboa,  no Rio de Janeiro,  João Roberto é filho do professor Celso Kelly  e,  aos 11 anos,  aprendeu a tocar piano,  com sua mãe,  Luzia Kelly. 

Desde que comecei a frequentar os famosos bailes de carnaval,  eu aprendi a conhecer as célebres Marchinhas de João Roberto Kelly  .

Um brinde a todos os homenageados pelos blocos,  bandas e blocos carnavalescos. 

Viva o Carnaval. 

Que todos vocês curtam muito o Carnaval!