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Opinião

Getúlio Vargas

Por Mauro Magalhães - Ex-deputado e empresário.

No mês de abril, há muitas datas para serem lembradas.

No dia 19 de abril, políticos, em todo o país, lembram do aniversário de Getúlio Vargas.

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Nascido em São Borja, no Rio Grande do Sul, em 19 de abril de 1882, Getúlio Vargas foi militar, advogado e presidente do Brasil, em dois períodos .

Filho de Manuel Vargas e de Cândida Dornelles Vargas, Getúlio, em 1882, aos 17 anos, tornou-se soldado na guarnição de seu município natal . Em 1902, com a patente de sargento, Getúlio participou da Coluna Expedicionária do Sul, que se deslocou para Corumbá, durante a disputa entre o Brasil e a Bolívia, pela posse do Acre.

Em 1904, Getúlio matriculou-se na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre e, em 1907, fundou, com seus colegas de faculdade, o Bloco Acadêmico Castilhista.

Positivista, Getúlio tinha o dom da oratória.

Em 1909, ele foi eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Riograndense e foi reeleito, várias vezes. Em 1923, foi eleito deputado federal e tornou-se líder da bancada gaúcha, na Câmara Federal, no Rio de Janeiro.

Em 1924, Getúlio Vargas deu apoio ao governo do presidente Arthur Bernardes, contra a Revolta Paulista.

Em 15 de novembro de 1926, assumiu o Ministério da Fazenda . E, em 1928, assumiu o governo do Rio Grande do Sul.

Líder da Revolução de 30, Getúlio Vargas tornou-se chefe do governo provisório e do movimento que depôs Washington Luiz e impediu a posse de Júlio Prestes, sob a acusação de que sua vitória foi resultado de eleição fraudada.

Presidente constitucional , em 1934, Vargas permaneceu no cargo, no primeiro período de seu governo, até 1945.

No final do primeiro governo Vargas, eu tinha uns 8 ou 9 anos, quando conheci o presidente Getúlio.

Era um domingo, meu pai trabalhava no Quintadinha, em Petrópolis, e me levou para passear. Em uma rua próxima ao Palácio Rio Negro, no centro petropolitano, eu conheci o presidente Vargas.

Puxei meu pai pelo braço e disse que queria ver o presidente. Getúlio ouviu e viu a cena, disse que meu pai poderia se aproximar dele. E, me deu um abraço. Perguntou se eu queria uma foto dele. Eu disse que sim. Gregorio Fortunato, que estava ao lado do presidente, anotou o endereço da casa de meus pais, que ficava próxima ao Quintadinha.E, no dia seguinte, o presidente mandou levar a foto de dele, autografada, com a dedicatória. Essa foi a minha primeira e experiência na política.

Quando vim morar com meus pais, no Rio de Janeiro, trouxe a foto de Getúlio.

Embora tenha iniciado minha carreira política na UDN de Carlos Lacerda, nos anos 60, nunca falei mal do Getúlio Vargas, graças às minhas boas lembranças dele, na minha infância, em Petrópolis.

O presidente Vargas foi o governante mais assíduo frequentador do Palácio Rio Negro. Nos 18 anos em que governou o país, não deixou de passar um só verão em Petrópolis.

Quando Getúlio Vargas suicidou-se, em agosto de 1954, eu ainda era estudante e já trabalhava com meus irmãos mais velhos .

Eleito em 1950, pelo voto direto, o presidente criou, no segundo período, a Petrobrás, o BNDES, entre outras coisas.

Na semana passada, completei 89 anos e recebi uma linda homenagem , no Itanhangá, de amigos de várias correntes ideológicas, integrantes da Confraria dos Amigos da Barra da Tijuca, de torcidas tricolores, do Bloco Pintassilgos , da Barra, etc.

Assim como eu aprendi a gostar de Getúlio, eu também aprendi a gostar de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Leonel Brizola. Essa é a grande vantagem da Democracia.