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Ozempic: uso tirou 45% dos jovens da obesidade | Metrópoles
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Ozempic: uso tirou 45% dos jovens da obesidade | Metrópoles

Pesquisa feita com adolescentes americanos mostrou que ao menos sete em cada 10 deles diminuiu uma categoria do nível de IMC

Saúde

Um estudo feito com jovens obesos mostrou que 45% deles deixou de ser considerado obeso após usar Ozempic por 15 meses. A pesquisa foi publicada na quarta-feira (17/5) pela revista científica Obesity e mostrou que o uso semanal de uma dose injetável de 2,4mg por semana de semaglutida foi o bastante para garantir que 75% deles caíssem ao menos uma categoria de seus níveis de IMC (índice de massa corpórea).

“Estes resultados mostram que a medicação é muito eficiente no tratamento de obesidade. Historicamente, nunca vimos resultados tão eficientes que não fossem em tratamentos de cirurgia bariátrica. Agora temos que trabalhar para fazer com que ela se torne acessível”, afirmou o responsável pelo estudo, Aaron Kelly, em comunicado à imprensa.

A pesquisa foi feita por Kelly e por outros professores da Universidade de Minnesota com adolescentes de 12 a 18 anos que tinham obesidade. Eles estavam divididos em uma porporção parecida em relação ao nível de seu IMC. É considerado um peso saudável o que fica em um IMC entre 18 e 24:

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69 participantes tinham a obesidade de grau 3, com IMC superior a 40;

69 tinham obesidade grau 2, com IMC entre 35 e 39;

62 tinham uma obesidade nível 1, de IMC entre 30 e 34.

Os adolescentes que participaram do estudo foram divididos em dois grupos, um recebendo o remédio e um outro o placebo. Além dos exames de acompanhamento durante as 68 semanas que durou o estudo, eles foram orientados a seguir um estilo de vida mais saudável. Ainda assim, entre os jovens que não receberam o remédio, o índice dos que conseguiram deixar de ser obesos foi três vezes menor.

O estudo ainda aponta que as meninas que usaram Ozempic tiveram resultados ainda melhores. No entanto, como o estudo inicialmente não havia sido desenhado para ter uma divisão de resultados por gênero, eles orientam que seja feita uma nova pesquisa para testar este indício. Os adolescentes mais jovens e os com IMC mais baixo também tiveram respostas acima da média.