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Saúde

Jejum Intermitente Para Iniciantes – O Que É, Benefícios E Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre O JI

O jejum intermitente tem sido a estratégia alimentar mais discutida na Internet nos últimos tempos. (Especialmente no contexto de uma dieta low-carb ou mesmo paleo.)

E, assim como qualquer nova dieta que surja como “a solução definitiva para todos os seus problemas”, ele tem sido distorcido e propagado das maneiras mais diversas que você pode imaginar.

Por isso, quisemos dar nossa pequena contribuição neste texto para ajudar a clarificar o assunto do jejum intermitente (comumente abreviado para JI).

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Então continue lendo, porque, ao concluir a leitura do artigo, você vai saber:

*O que é exatamente o jejum intermitente,

*A maneira mais fácil de começar a colher os resultados do JI,

*Quem pode (e quem não pode) fazer o JI,Além disso vamos abordar 10 benefícios de se praticar jejum intermitente:

*Promoção da autofagia celular

*Aumento da secreção de HGH

*Prevenção de doenças neurodegenerativas

*Prevenção de doenças cardíacas

*Aumento da sensibilidade à insulina

*Auxílio no emagrecimento

*Aumento da praticidade e economia

*Combate ao estresse oxidativo e à inflamação

*Aumento da expectativa de vida

*Possível prevenção do câncer

Mas, antes de entrarmos nos detalhes das diversas modalidades de JI, vamos começar falando sobre o que exatamente é o jejum intermitente

Neste caso, a definição mais precisa é justamente a mais simples.

O nome jejum intermitente consiste de duas palavras, e ambas são importantes para entendermos o que ele quer dizer.

A palavra jejum se refere aos períodos em que você fica sem comer.

E a palavra intermitente significa algo que não acontece de maneira contínua – do dicionário Houaiss: “intervalo em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo.”

Sendo assim, a palavra intermitente se refere a pausas no jejum.

Com esses dois termos, a prática do jejum intermitente é basicamente alternar períodos sem comer com períodos em que você pode comer.

Ou, para usar um termo comum entre adeptos do JI, alternar um período de jejum

com uma janela de alimentação.

Já a duração de cada um desses períodos varia bastante, dependendo de qual protocolo de jejum intermitente você escolher.

(E, como mostramos em outro artigo, existem vários modos de se fazer jejum intermitente.)

Mas, por ora, vale dizer que as diferenças estão basicamente em quanto tempo por vez você passa sem comer.

Uma consequência lógica dessa definição é a de que todas as pessoas fazem alguma forma de jejum – porque, se você não está comendo, você está jejuando.

No entanto, como a maioria das pessoas não tem um calendário estruturado de refeições (onde a janela de jejum é constante), elas não estão em um jejum intermitente, mas sim em um jejum relativamente curto, e bagunçado – o que retira alguns dos benefícios.

Com a exceção, claro, de quando dormimos – porque, durante o sono, não estamos nos alimentando.

Assim, é comum que a maioria de nós tenha um período de jejum bastante regular – entre 6 e 8 horas por noite – até comermos pela manhã.

(E é por essa razão que o café da manhã também é conhecido por “desjejum” – porque você está literalmente interrompendo o jejum feito durante a noite.)

E, falando em café da manhã, vamos começar logo apontando a forma mais fácil e direta para se iniciar a prática do jejum intermitente.

Como Iniciar o Jejum Intermitente de Forma Fácil: Pule o Café da Manhã

Já vamos começar dizendo uma verdade que costuma trazer muita polêmica: o café da manhã não é a refeição mais importante do dia.

(Uma bobagem propagada por meio de frases como “tome café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo”.)

Mas a verdade é que realmente não “precisamos” dele.

Assim como não precisamos de nenhuma refeição específica – conforme provam os estudos e a história.

E é verdade que existe um estudo indicando uma correlação entre tomar café da manhã e ter menor peso corporal.

Mais explicitamente, nesse estudo as pessoas que pulavam o café da manhã tendiam a pesar mais do que aquelas que o tomavam.

Mas o que estava acontecendo, de fato?

(Vale lembrar que esse é um estudo epidemiológico, que não estabelece causa e efeito – “correlação não implica causação”.)

O que acontece é que sempre fomos orientados a acreditar que tomar café da manhã era muito importante para uma Aqui é válido lembrar que quanto mais sensível seu corpo for à insulina, mais provável será você perder gordura e ganhar massa muscular. O aumento da sensibilidade à insulina quase sempre está relacionado a uma dieta mais eficiente.

Nesse âmbito, como a sensibilidade à insulina é maior pela manhã, os entusiastas do desjejum matinal declaram que ingerir uma quantidade maior de calorias nessa refeição (em vez de concentrá-la em outras refeições) tende a produzir um melhor equilíbrio corporal.

Ou seja, eles alegam que é possível ingerir uma grande quantidade de energia sem o perigo de ganhar peso.

O que é esquecido aqui é que a sensibilidade à insulina não é mais elevada “pela manhã”. saudável.

Dessa maneira, o estudo apenas reporta um viés: o de que pessoas que pulam o café da manhã – enquanto pensam que ele é necessário para uma vida mais saudável – são justamente aquelas mais inclinadas a adotar outros hábitos não-saudáveis: como comer fast food, fumar, e não praticar exercícios.

(Um caso muito semelhante acontece com o consumo de ovos e a incidência de colesterol, conforme o Doutor Souto escreveu brilhantemente neste artigo.)

Mas ainda existe um outro argumento para os defensores do café da manhã: o argumento da sensibilidade à insulina.

Aqui é válido lembrar que quanto mais sensível seu corpo for à insulina, mais provável será você perder gordura e ganhar massa muscular. O aumento da sensibilidade à insulina quase sempre está relacionado a uma dieta mais eficiente.

Nesse âmbito, como a sensibilidade à insulina é maior pela manhã, os entusiastas do desjejum matinal declaram que ingerir uma quantidade maior de calorias nessa refeição (em vez de concentrá-la em outras refeições) tende a produzir um melhor equilíbrio corporal.

Ou seja, eles alegam que é possível ingerir uma grande quantidade de energia sem o perigo de ganhar peso.

O que é esquecido aqui é que a sensibilidade à insulina não é mais elevada “pela manhã”.

Na verdade ela é maior após os períodos de jejum de 6-8 horas, que a maioria das pessoas tem enquanto dorme.

Mais especificamente, a sensibilidade à insulina é maior quando os níveis de glicogênio estão quase nulos, e isso acontece pois glicogênio do fígado é consumido com o jejum durante a noite de sono.

O jejum intermitente leva isso um passo adiante: um período de jejum maior do que 10 horas, o que pode ser conseguido simplesmente pulando-se o café da manhã (e portanto esgotando um pouco mais o glicogênio), pode aumentar ainda mais a sensibilidade à insulina.

Resumidamente, o que quero dizer é que não há nada de especial com o café da manhã e não há nenhuma real necessidade de se fazer uma refeição logo ao acordar.

De toda forma, a primeira coisa que você comer para quebrar seu jejum ficará sujeita aos benefícios de uma maior sensibilidade à insulina.

Por outro lado, também queremos deixar claro que não há nada ruim com o café da manhã.

Ou seja, mesmo que você pratique alguma forma de jejum, ainda assim pode tomar o café da manhã tranquilamente.

Lembre-se, a parte mais importante é a duração do jejum e não em qual parte do dia ele ocorre.

Se você já tentou perder peso da maneira “tradicional” – ou leu um livro de dieta, consultou um nutricionista ou contratou um personal trainer – provavelmente já escutou que, para perder peso, você tem de comer 5-6 pequenas refeições por dia.

(Uma sugestão que é formulada muitas vezes como “3 refeições e 2 lanches”.)

E esse estilo de comer (em que você se alimenta de maneira bem frequente) é muito popular entre a maioria das pessoas – desde nutricionistas até fisiculturistas – e foi repetido tantas vezes, e por tanto tempo, que geralmente é tomado como fato.

O problema é que ele está errado.

Na verdade, os benefícios de se comer pequenas refeições mais vezes durante o dia nunca Se você já tentou perder peso da maneira “tradicional” – ou leu um livro de dieta, consultou um nutricionista ou contratou um personal trainer – provavelmente já escutou que, para perder peso, você tem de comer 5-6 pequenas refeições por dia.

(Uma sugestão que é formulada muitas vezes como “3 refeições e 2 lanches”.)

E esse estilo de comer (em que você se alimenta de maneira bem frequente) é muito popular entre a maioria das pessoas – desde nutricionistas até fisiculturistas – e foi repetido tantas vezes, e por tanto tempo, que geralmente é tomado como fato.

O problema é que ele está errado.

Na verdade, os benefícios de se comer pequenas refeições mais vezes durante o dia nunca foram cientificamente comprovados.

Nós abordamos os 4 principais “motivos” que as pessoas acreditam justificarem este hábito em um texto dedicado: cientificamente comprovados.

Nós abordamos os 4 principais “motivos” que as pessoas acreditam justificarem este hábito em um texto dedicado:

Pular o café só acaba sendo a maneira mais fácil de colocar o jejum em prática.

E falamos mais sobre os 5 principais protocolos de jejum intermitente nesse outro texto aqui – inclusive falamos sobre nosso próprio modo de jejuar.

Além da suposta importância do café da manhã, ainda temos um outro mito muito comum que diz respeito à importância de se manter uma boa frequência de refeições – e vamos abordá-lo agora.

Sobre a Frequência: Defensores do Jejum Intermitente Lutam Contra o Mito das Seis Refeições

Se você já tentou perder peso da maneira “tradicional” – ou leu um livro de dieta, consultou um nutricionista ou contratou um personal trainer – provavelmente já escutou que, para perder peso, você tem de comer 5-6 pequenas refeições por dia.

(Uma sugestão que é formulada muitas vezes como “3 refeições e 2 lanches”.)

E esse estilo de comer (em que você se alimenta de maneira bem frequente) é muito popular entre a maioria das pessoas – desde nutricionistas até fisiculturistas – e foi repetido tantas vezes, e por tanto tempo, que geralmente é tomado como fato.

O problema é que ele está errado.

Na verdade, os benefícios de se comer pequenas refeições mais vezes durante o dia nunca foram cientificamente comprovados.

Nós abordamos os 4 principais “motivos” que as pessoas acreditam justificarem este hábito em um texto dedicado:

Comer de 3 em 3 horas: E se tudo o que te contaram até hoje for uma mentira?

Se você gostaria de entender bem esse assunto (e nunca mais ter que dar explicações para aquela pessoa chata que acha que você vai morrer se pular uma refeição ou lanche), vale muito a pena ler o artigo.

De toda forma, agora vamos repassar rapidamente os 4 “motivos”:

O primeiro e mais comum conceito utilizado é que comer frequentemente aumentaria o metabolismo.

Em outras palavras, a teoria sugere que, já que comer aumenta sua taxa metabólica, quanto mais frequentemente você comesse, mais sua taxa metabólica se elevaria.

Isso de fato acontece, mas não leva a uma maior perda de gordura – e inclusive foi cientificamente comprovado que não há diferença alguma.

Isso porque, quando você come, sua taxa metabólica aumenta devido à energia necessária para digerir o alimento que você comeu.

Isso é chamado de Efeito Térmico dos Alimentos (ou do inglês, TEF).

Veja só, o TEF é diretamente proporcional à ingestão calórica (e à distribuição dos macronutrientes) e, se a ingestão calórica for igual, no final do dia, não haverá nenhuma diferença metabólica entre comer 5-6 refeições ou apenas 2-3.

Na verdade, contanto que o total de calorias e macronutrientes seja igual, você pode comer dez refeições ou uma refeição que você ainda terá o mesmo efeito metabólico:

O segundo motivo é o de que, comendo de 3 em 3 horas, você se sentiria mais saciado.

No entanto, estudos mostraram que comer mais frequentemente é menos benéfico do ponto de vista da saciedade – isto é, de se sentir “cheio” após a refeição.

O que significa que, quanto mais vezes você come, é mais provável você ficar com fome – levando a uma maior ingestão calórica, o que implicaria em ganho de peso.

Os outros supostos motivos dizem respeito à manutenção da glicemia sanguínea e à preservação da massa muscular – se quiser saber mais sobre por que eles não passam de mentiras, recomendo que clique aqui para ler.

Fonte https://www.senhortanquinho.com/jejum-intermitente-beneficios-ji/ (materia completa, com todos os links)