Caiu como uma bomba o bloqueio de R$ 346 milhões determinado pelo Juiz de Direito Dr. Rodrigo Braga Ramos, da 2ª. Vara Cível da Comarca de Ipatinga, aplicado sobre as contas bancárias da Usiminas, para assegurar a indenização reclamada em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público de Minas Gerais, decorrente de danos coletivos motivados pela histórica negligência da siderúrgica na liberação de “pó-preto” pelas chaminés de seu parque fabril. O pedido não reflete o dano de agora, mas desde a inauguração do parque industrial, em 1966. Em 2019, a Usiminas havia assinado com o MP um termo no qual se comprometia a reduzir os impactos das emissões dos poluentes, até 2028, totalmente. Mas o MPMG foi atrás dos danos que a empresa acumulou de 1966 até 2019, justificando que “há décadas de passivos ambientais e humanos que precisam ser solucionados e que não se resolvem apenas com a mitigação do que vinha sendo feito contra a população, anteriormente”, como narrado na corajosa ação do MPMG. O Juiz Dr. Rodrigo Braga Ramos determinou à Usiminas que comunicasse à CVM a ocorrência do procedimento de bloqueio do referido valor nas suas contas, como fato relevante.