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Política

A Justissa que nunca essistou

PASMEM, SENHORAS E SENHORES. Hoje, um bando de imbecis do Oiapoque ao Chuí, comemora o dia de uma merda nojenta que nunca existiu. Alto lá. Como é que é? Que merda ou que bosta seria assim tão cindiamente repulsiva? Não outra, caros amados, senão aquele troço (ou treco) ou ainda, aquele cagalhão inoperante, acabado, inexistente, fictício, irreal, consumado, imaginário, ambíguo, inglório, arriscado, dúbio, dissimulado, problemático e “mortiçamente” fora da realidade.

Em verdade, um defunto (ou um cadáver) de corpo inerte e apodrecido, que para a maioria do povo brasileiro (melhor dito, para aquela banda humilde e empobrecida, simples e miserável, que dela precisa fazer uso) nada ter de bom e aproveitável para dar vivas e cantar parabéns. Fazemos referência à ilustre vagabunda que usa uma venda suja nos olhos, uma tira escrota que fecha as portas, não só as portas, as janelas, as persianas, e em lugar de suas entradas e acessos, se abrem buracos enormes com crateras gigantescas.

Fazemos menção aquela deusa (deusa??!!) Insuportável que no lugar de vir em socorro dos carentes e precisados, empurra para a barriga, procrastina, causa asco, nojo, repugnância e medo. Sobretudo medo. Ao contrário, tal santinha do pau oco, se debanda, se vende, se dá, se doa, para a galera que vive chafurdando nela. Tal desgraça, ou melhor, tal doença, ou pior, tal câncer, foi criado pelo Decreto-lei de número 8.292/1945. Hoje, portanto, 8 de dezembro, os ingênuos e simplórios, os cândidos e puros, os singelos e virginais de corpo e espírito, ficam mais um dia a ver navios. Processos, prazos, audiências, despachos, sentenças, fodam-se.

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Os que nela militam, permanecem em casa, coçando seus respectivos sacos e masturbando periquitas. Falamos da justiça (ou “justraça” ou ainda, “justroça”), aquela mulherzinha safada e sem caráter, que fica com o rabinho sentada confortavelmente em frente aos palácios suntuosos e casas da lei (ei... ei) repetindo, com uma birosca, na fuça –, perdão uma venda de bar de periferia nos olhos. Um tapa-olho que nos lembra todos os dias os piratas dos tempos antigos e nos traz à memória o imaginário Capitão Gancho, ou o Edward Teach que segundo se sabe se tornou responsável por criar e não só criar, dar vida e forma, a um estereótipo de aparência terrível e assustadora.

A infâmia, além de cega (kikikikikiki) não enxergava um palmo adiante da bunda -, perdão, do nariz. Em dias atuais, mudaram o nome, para j-u-s-t-i-ç-a. Hoje, ela, pode ser vista através da figura igualmente lendária do Johnny Depp. Quem não tiver condições financeiras de ir à “brazzzilia” e se deslumbrar vendo de perto, e até tocando, beijando e cheirando, a famosa deusa com a espada nãos mãos, sentada em frente ao STF (Saudade dos Tempos Findos), poderá matar a saudade vendo o Capitão Jack Esporrou -, mil desculpas -, senhoras e senhores -, Jacck Sparrow. Aliás, uma boa saída, um bom programa para assistir, na integra, os “Piratas do Caribe.” Sem temer, logicamente, ir parar nos amáveis braços da Papuda.

Johnny Depp é sem tirar nem “destirar” a nossa lendária justiça. Com um detalhe, importantíssimo, em MOVIMENTO. O dia 8 de dezembro, portanto, é o dia de venerar não a nossa “justissa,” menos ou melhor, “m-e-n-a-s” ainda aquela divindade grega por meio da qual a justiça pura e cristalina deveria ser definida no sentido de moral. Não só de moral, também, e principalmente como o sentimento da verdade, da lhaneza, da equidade e da humanidade. Jamais da “umanidade.”

A tal baranga, deveria ser o “quadro-exemplo” da solidez, da bonomia, da alvura de caráter, da pudicícia, da transparência, além de, acima de qualquer outra latrina, usar a cordinha da descarga se fazer justa, perfeita, sem nódoas ou manchas, se mostrar séria, colocando acima das paixões humanas o VIL METAL.

A nossa “j-u-s-t-i-s-s-a” se traduz pelas tramoias, pelas bufunfas, pelas muambas, e “mumunhas” usque acordos escusos feitos por debaixo dos panos. O rosto da deusa Temis, hoje conhecida pela alcunha de legalidade e limpidez, alvura e “incorruptividade,” o que temos para embandeirar no bonito e carismático 8 de dezembro é a degenerescência de um sistema travado, falido, manco, corrompido, capenga, literalmente aleijado e sem forças para caminhar sozinho.

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 8-12-2023