Comandante do Exército aplaude retirada das Forças Armadas do Processo Eleitoral

Nesta última semana, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, demonstrou aprovação à decisão do TSE de retirar as Forças Armadas da lista de entidades responsáveis pela fiscalização das urnas eletrônicas. "Achei muito boa! Era consenso antes que não deveríamos estar nisso. Não havia necessidade", disse o general Tomás, sublinhando que o Exército não queria fazer parte desse processo. Embora o general tenha saudado a decisão como positiva, seu entusiasmo poderia ser interpretado como uma recusa prévia em assumir um papel fundamental para a integridade das eleições.

O ministro da Defesa, José Múcio, foi mais reservado, comentando apenas que a decisão era da Justiça e que as Forças Armadas estavam colaborando "a pedido".

As Forças Armadas foram adicionadas à lista de entidades fiscalizadoras em 2021 por decisão do então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. A recente remoção foi orquestrada pelo ministro Alexandre de Moraes, que argumentou não ser mais necessária a presença militar. "Não se mostrou necessário, razoável e eficiente", afirmou Moraes, acrescentando que estar na lista era "absolutamente incompatível com as funções constitucionais e legais das Forças Armadas".

Além das Forças Armadas, o TSE também retirou o STF da lista, argumentando que três de seus 11 ministros já são integrantes da Justiça Eleitoral, tornando sua permanência redundante.