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Internacional

Papa pede orações para sua peregrinação ‘penitencial’ no Canadá

O papa Francisco pediu neste domingo (17) orações para acompanhá-lo no que chamou de sua peregrinação “penitencial” ao Canadá para pedir desculpas a grupos indígenas pelos abusos infligidos pela Igreja Católica.

Cumprimentando o público na Praça de São Pedro, Francisco observou que em 24 de julho, “se Deus quiser”, ele iniciará uma viagem de sete dias ao Canadá.

“Queridos irmãos e irmãs do Canadá, como vocês sabem, estarei entre vocês, sobretudo em nome de Jesus, para encontrar e abraçar as populações indígenas”, disse Francisco.

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“Infelizmente, no Canadá, muitos cristãos, incluindo alguns membros de instituições religiosas, contribuíram para as políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente, de várias maneiras, as comunidades indígenas”, disse o papa, falando de um estúdio. janela do Palácio Apostólico voltada para a praça.

“Por isso, recentemente, no Vaticano, recebi vários grupos, representantes dos povos indígenas, aos quais manifestei minha dor e minha solidariedade pelo mal que sofreram”, disse Francisco.

“E agora farei uma viagem penitencial que espero, com a graça de Deus, possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido”, disse Francisco, pedindo aos fiéis que “me acompanhem com orações” durante a peregrinação.

Quando se reuniu com representantes indígenas no início da primavera, o pontífice ofereceu um pedido histórico de desculpas pelos abusos infligidos em escolas residenciais administradas pela Igreja. A Comissão de Verdade e Reconciliação do Canadá pediu que ele entregasse um pedido de desculpas papal em solo canadense.

Mais de 150 mil crianças nativas do Canadá foram forçadas a frequentar escolas cristãs financiadas pelo estado do século 19 até a década de 1970, em um esforço para isolá-las de seus lares e cultura. O objetivo era cristianizá-los e assimilá-los na sociedade dominante, que os governos canadenses anteriores consideravam superiores.

O governo canadense admitiu que o abuso físico e sexual era excessivo nas escolas e que os alunos foram espancados por falarem suas línguas nativas. Líderes indígenas dizem que o legado de abuso e separação familiar foi a causa raiz das taxas epidêmicas de dependência de álcool e drogas nas reservas canadenses.