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Opinião

Disputa de Lula contra o BC é luta contra os mais pobres

Se existe uma coisa que deu certo no Brasil é o tripé macroeconômico, formado por câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal. Quando Lula e o governo petista mobilizam suas tropas contra o teto de gastos, a taxa Selic e o presidente do Banco Central, jogam o país em um caminho perigoso, um caminho de retrocesso e que ameaça principalmente o mais pobre. O tripé macroeconômico é uma instituição que deve ser protegida e um pilar do Brasil moderno, um país que se pode considerar refundado a partir de 1994, com o Plano Real.

Nesse cenário, Roberto Campos Neto é a última linha de defesa contra os devaneios e fantasias petistas. O homem certo, no lugar certo e na hora certa. E a independência do Banco Central, para além de um legado importante deixado pelo governo Bolsonaro, é a pedra que faltava para reforçar o arcabouço econômico do país, nos colocando ao lado do que existe de mais moderno e eficiente em gestão pública e econômica.

Campos Neto tem um nome e uma biografia a zelar, se preparou a vida toda para o cargo que ocupa e duvido que arriscaria toda a sua história por questões puramente ideológicas. Foi escolhido para a presidência do BC por sua capacidade técnica e pelo senso de responsabilidade. Toda decisão que toma é despida de ideologias. É preciso frisar ainda que o governo Bolsonaro nunca tentou interferir no trabalho do Banco Central justamente por acreditar na independência que essa função exige.

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Mesmo com a pandemia e os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, o BC de Campos Neto não desviou o foco de sua missão institucional de garantir o poder de compra da moeda e de fomentar o bem-estar econômico da sociedade. Isso, somado a outras medidas do governo Bolsonaro, fizeram o Brasil apresentar desempenho melhor que a maioria, mesmo diante das seguidas crises internacionais.

Defender um Banco Central independente, sob o comando de um nome técnico e capacitado, é defender uma vida mais digna para todos os brasileiros e, principalmente, para a população mais pobre, que é quem realmente sofre com a inflação. Claro que nenhum governo é perfeito e nem sempre é possível alcançar o que entendemos como o melhor para o nosso povo, mas é preciso entender que algumas práticas e algumas políticas e instituições devem prevalecer, independentemente do governo.

É importante, no entanto, tentar entender os motivos do PT para atacar Campos Neto e o tripé macroeconômico. Consigo chegar a duas conclusões: ou o governo precisa de um bode expiatório para a sua incapacidade de gerar prosperidade; ou o plano econômico de Fernando Haddad e Lula é reeditar o que ficou conhecido como nova matriz econômica, um projeto que quebrou o país e, em parte, levou ao impeachment de Dilma Rousseff. Suspeito que sejam as duas coisas e que o governo Lula 3 quer ser, na verdade, um Dilma 3.

Tags: Bolsonaro, flavio bolsonaro