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Cuba rechaça relatório ‘enganoso e politizado’ dos EUA sobre direitos humanos na ilha
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Cuba rechaça relatório ‘enganoso e politizado’ dos EUA sobre direitos humanos na ilha

Havana disse que Washington aproveita a questão dos direitos humanos “para sua política de agressão contra países não subordinados”

Internacional

Havana disse que Washington aproveita a questão dos direitos humanos “para sua política de agressão contra países não subordinados”

A chancelaria cubana convocou nesta segunda-feira (06/04) o Encarregado de Negócios dos Estados Unidos no país, Timothy Zúñiga-Brown, para manifestar seu repúdio ao que classificou como relatório "enganoso" e "politizado" do Departamento de Estado norte-americano sobre os direitos humanos na ilha no ano de 2020.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba informou que o diretor-geral encarregado pelos Estados Unidos, Carlos Fernández de Cossío, foi quem comunicou a Zúñiga-Brown “o repúdio às denúncias enganosas e politizadas que fez o relatório sobre Cuba do Departamento de Estado”.

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Fernández de Cossío disse que Washington se aproveita de um tema tão delicado como os direitos humanos “para sua política de agressão contra países que não estão subordinados ao governo estadunidense e que defendem o direito soberano de seus povos à autodeterminação”.

Ele afirmou, ainda, que o relatório é “arbitrário e unilateral”, pois, no que diz respeito a Cuba, “repete calúnias que grupos políticos dos Estados Unidos (...) formulam há anos como pretextos para a promoção de ações hostis e imposição de medidas econômicas coercitivas”.

O relatório norte-americano, divulgado em março passado, acusa o governo cubano de supostas restrições ao direito à reunião pacífica, bem como à liberdade religiosa, ao tráfico de pessoas, entre outras questões - todas sistematicamente rejeitadas pelo lado cubano.

Fernández de Cossío contrapôs "as violações flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos" cometidas pelo governo norte-americano dentro dos EUA, as quais, disse, "são conhecidas e documentadas". “Referem-se a racismo, xenofobia, brutalidade policial, tortura de prisioneiros, encarceramento prolongado, uso de prisões secretas, antissemitismo, macarthismo e outras formas de intolerância religiosa e ideológica”, frisou.

Para o representante cubano, Cuba goza de prestígio internacional no campo dos direitos humanos, pelos resultados alcançados na promoção e proteção dos mesmos.

Cuba foi recentemente eleita membro do Conselho de Direitos Humanos para o período de 2021-2023 e faz parte de 44 dos 61 instrumentos internacionais de direitos humanos.