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Exército será desmoralizado se não punir Pazuello, diz Merval Pereira
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Exército será desmoralizado se não punir Pazuello, diz Merval Pereira

Colunista lembra do passado terrorista de Jair Bolsonaro e diz que ele está tentando destruir as forças armadas, ao tentar bolsonarizá-las

Opinião

O colunista Merval Pereira, do Globo, lembra em sua coluna desta terça-feira do passado terrorista de Jair Bolsonaro e diz que ele ameaça destruir e desmoralizar completamente as forças armadas. "Bolsonaro está levando os militares a uma situação limite, como, aliás, fez constantemente enquanto estava na ativa. Capitão, planejou atentados terroristas para reivindicar melhores salários, foi condenado por um conselho de justificação, mas absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM) em 1988, meses antes de ir para a reserva, num aparente acordo", diz Merval.

"Incentivado por Bolsonaro — que já quebrara a regra de ouro de não levar a política para dentro dos quartéis quando fez um comício em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília —, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello rompeu com a máxima do Exército, de hierarquia e disciplina, ao participar de um ato político no domingo no Rio, sendo general de divisão da ativa", prossegue o colunista.

"Não puni-lo seria péssimo sinal de que a política está tomando conta dos quartéis. O que não pode, e é o que Bolsonaro está fazendo, é usar o Exército como instrumento político. Está na hora de os militares levarem isso a sério, sob o risco de desmoralização completa da ideia de uma corporação de Estado, hierarquicamente bem definida, e de todos se sentirem autorizados a fazer política nos quartéis", afirma.