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Internacional

Rússia fará grande show para celebrar novas regiões anexadas

A Rússia está preparando um grande show na Praça Vermelha para comemorar nesta sexta-feira (29) o primeiro aniversário da anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhya.

– Um país, uma família, uma Rússia – é o lema do evento, o que para alguns alguns meios de comunicação independentes remete ao mote “Um povo, um império, um líder” do partido nazista.

Segundo organizações juvenis próximas do Kremlin, o comício-concerto é dedicado aos territórios anexados, onde foram recentemente eleitos os seus dirigentes, que se reunirão nesta quinta-feira (28) com o presidente russo, Vladimir Putin.

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Embora o Kremlin não tenha confirmado, a convocação para o evento anuncia a participação de Putin, que provavelmente dirigirá algumas palavras aos presentes, segundo informou o jornal “Vedomosti”, citando fontes oficiais.

Putin propôs ao Parlamento declarar o dia 30 de setembro – quando há um ano assinou a anexação ilegal dessas regiões – como o “Dia da Reunificação”.

Como é habitual, as autoridades convidarão pensionistas e funcionários públicos, o seu reduto eleitoral, e estudantes para o evento em frente ao Kremlin.

Segundo postaram no Telegram alguns meios de comunicação russos, quem comparecer ao evento receberá 600 rublos (pouco mais de R$ 30), menos da metade do que há um ano.

Artistas que apoiam abertamente a campanha militar na Ucrânia como Oleg Gazmanov, Polina Gagarina, o grupo Liube e Shaman, o cantor que melhor representa a música patriótica russa há um ano e meio, irão se apresentar no palco da Praça Vermelha.

Eventos semelhantes foram realizados em março de 2022 no estádio Luzhniki; e em setembro do mesmo ano na Praça Vermelha, que também acolheu um terceiro show no último mês de fevereiro, todos com a presença de Putin.

Em setembro de 2022, Putin assinou a anexação das quatro regiões ucranianas em uma tentativa de estabelecer um corredor terrestre com a península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014, que Kiev tenta agora romper por todos os meios.

A Rússia incluiu os quatro novos territórios na Constituição, mas depois de mais de um ano e meio de combates sangrentos ainda não os controla em sua totalidade.

*EFE