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Veja quem são os mais cotados para assumir a cadeira de Aras na Procuradoria-Geral da República
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Veja quem são os mais cotados para assumir a cadeira de Aras na Procuradoria-Geral da República

Quatro homens despontam entre os nomes para assumir o cargo de procurador-geral da República pelos próximos dois anos

Política

Depois de quatro anos à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras deixou a instituição na terça-feira (26). Ele foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficou dois mandatos no cargo. O posto foi preenchido interinamente pela subprocuradora-geral da República Elizeta de Paiva Ramos, que é vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Quatro homens aparecem como mais cotados para comandar a PGR: os subprocuradores-gerais da República Paulo Gustavo Gonet Branco, Antonio Carlos Bigonha, Mario Luiz Bonsaglia e Carlos Frederico Santos.

Cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolher um nome para comandar a instituição. O indicado passará por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e, se for aprovado, também será analisado pelos senadores em plenário.

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Paulo Gustavo Gonet Branco

Atualmente vice-procurador-geral eleitoral, Gonet é doutor em direito, estado e constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em direitos humanos pela University of Essex, do Reino Unido. Ingressou no MPF em 1987 e, desde então, já passou por diversas áreas, tendo sido designado para atuar como procurador regional eleitoral substituto, secretário de Assuntos Constitucionais da PGR e representante do MPF na 2ª Turma do Supremo.

Gonet também foi assessor no STF do ministro Francisco Rezek. Ele ganhou força após se manifestar pela inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral feitos durante reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. A Corte decidiu pela inelegibilidade do ex-presidente até 2030.

Antonio Carlos Bigonha

Antonio Carlos Bigonha nasceu em 30 de outubro de 1964 e é natural de Ubá (MG). Graduou-se em direito pela UnB, em 1987. Ingressou no MPF em abril de 1992. Atualmente, é subprocurador-geral da República.

Em 2008, em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, da Câmara dos Deputados, afirmou que a escuta telefônica se transformou em uma espécie de "rainha das provas" e que os grampos são usados como única forma de investigação, o que enfraquece o processo criminal. Em 2021, com outros procuradores, manifestou-se pelo fim da Operação Lava Jato.

Mario Luiz Bonsaglia

Mario Bonsaglia é membro do MPF desde 1991 e coordena a 7ª Câmara de Coordenação e Revisão da instituição, órgão responsável por acompanhar a atuação de procuradores da República no controle externo da atividade policial e do sistema prisional. Atuou como procurador do estado de São Paulo (entre 1985 e 1991), foi diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) no biênio 1999-2001 e integrou o Conselho Nacional do Ministério Público (2009-2013). É doutor em direito pela Universidade de São Paulo (USP). Antes de entrar na carreira, foi escrivão de polícia e funcionário do Banco do Brasil.

Carlos Frederico Santos

Carlos Frederico Santos é subprocurador-geral da República e atua na Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). É coordenador da Câmara Criminal e do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.

É mestre em direito e especialista em direito público. Iniciou a carreira no Ministério Público do Estado do Amazonas como promotor de Justiça. Já exerceu o cargo de secretário-geral do MPF e de presidente da ANPR.

Carlos Frederico está à frente das denúncias da PGR contra os envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro. O subprocurador-geral já denunciou mais de 1.300 pessoas.

Lista da ANPR

Em junho, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) concluiu a votação que forma a lista tríplice com os indicados para assumir o cargo de procurador-geral da República. Pela ordem, foram eleitos os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen (526 votos), Mario Bonsaglia (465 votos) e José Adonis (407 votos). Ao contrário do que ocorreu nos mandatos anteriores, Lula não pretende seguir as indicações, como já declarou publicamente.