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Internacional

Putin pode ser a chave para Nagorno-Karabakh

Representantes dos Estados Unidos, França e Rússia reúnem-se esta quinta-feira, em Genebra, na Suíça na tentativa de acabar com a mais recente escalada de violência no enclave Nagorno-Karabakh, no Cáucaso do Sul. O chamado Grupo de Minsk criado pela OSCE, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, tem já agendado um novo encontro para esta segunda-feira, em Moscovo.

Os apelos ao fim das hostilidades continuam sem surtir efeito, numa altura em que o número de mortos a região continua a aumentar. Os analistas acreditam que a pressão da Rússia pode ser decisiva para por fim ao mais recente conflito entre o Azerbaijão e os separatistas apoiados pela Arménia. Desde logo, pelo papel que Moscovo ocupa enquanto país mediador, mas também pelas relações que mantém com Erevan e Baku e que quer preservar. Os especialistas alertam, ainda, para a influência de Vladimir Putin sobre o Governo turco apontado como o único líder político capaz de travar as ambições de Ancara, apoiante incontestado do Azerbaijão neste conflito, a quem fornece equipamento militar.

A mediação do Grupo de Minsk foi oficializada nos anos 90, após a assinatura de um cessar-fogo que permitiu por fim a uma guerra, entre as duas partes, que provocou milhares de refugiados e cerca 30 mil mortos. No entanto, a tensão na região permaneceu latente.

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Integrado no Azerbaijão em 1921, o enclave Nagorno-Karabakh de maioria arménia proclamou, com o apoio de Erevan, a independência em 1991.

(Photo by Anton Shakirov)