Internacional
Furacão Ian deixa rastro de destruição na Flórida e em Cuba
Tempestade de categoria 4 na escala Saffir-Simpson provoca inundações, destrói casas e deixa moradores ilhados. Blecaute afeta mais de 1 milhão de residências. Barco com migrantes naufraga e 23 estão desaparecidos
Ian tocou o solo da Flórida, na Ilha Cayo Costa, às 15h05 de ontem (16h05 em Brasília), com ventos de 240km/h. Um dos mais poderosos furacões registrados nos Estados Unidos — de categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5) — elevou o nível da água em até 5m, provocou inundações que cobriram casas e carros, arrastou barcos e deixou moradores presos. Mais de 1 milhão de residências ficaram sem energia elétrica. "Estamos sob a água. Nossa casa foi inundada. Felizmente, a eletricidade acabou antes. Os cachorros estão sobre a pia e eu sobre o balcão", relatou uma moradora de Fort Myers, na costa oeste da Flórida, em um grupo de pedido de ajuda no Facebook. "Esta é, de longe, a pior tempestade que já vi", admitiu Kevin Anderson, prefeito da cidade.
Ao longo da Interestadual 75, a principal rodovia que liga as áreas de Miami e Nápoles, caminhões utilitários do Texas – ladeados por picapes com faróis amarelos piscando – seguiram para o oeste na quinta-feira em direção à área do sudoeste da Flórida devastada pelo furacão Ian.
Também ao longo desse caminho estavam picapes carregadas com geradores, latas de gás e outros suprimentos de recuperação de tempestades.
O chefe dos bombeiros de Nápoles, Pete DiMaria, disse que seus bombeiros tiveram que atravessar a água para fazer resgates a pé.
“Fizemos alguns resgates em que tivemos que caminhar do corpo de bombeiros cerca de dois quarteirões para resgatar um casal que estava preso em sua casa que estava inundando rapidamente”, disse DiMaria na quinta-feira no “Today” da NBC.
Enquanto isso, na Carolina do Sul, onde o segundo landfall de Ian nos EUA como uma forte tempestade tropical foi previsto na sexta-feira, as autoridades não ordenaram evacuações, mas alertaram que a tempestade precisava ser levada a sério.
As inundações pareciam ser a principal ameaça, tanto da chuva quanto dos dias de ventos terrestres empilhando a água do oceano para o interior.