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Economia

Inflação dos alimentos segue castigando os brasileiros e novos aumentos são esperados em 2025

A alta nos preços dos alimentos no Brasil não dá trégua e tudo indica que a situação pode piorar nos próximos meses. A inflação do setor, que já pesa significativamente no bolso dos brasileiros, segue pressionando as famílias, e especialistas alertam que a tendência é de novos aumentos ao longo de 2025.

O governo tenta minimizar a crise, alegando que a inflação geral do país está "sob controle", mas a realidade das prateleiras dos supermercados conta outra história. Segundo dados mais recentes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a cesta básica segue subindo em praticamente todas as capitais, com alta acumulada de mais de 10% em diversos produtos essenciais. Carnes, leite, arroz, feijão e frutas estão entre os itens que registram maiores reajustes, tornando cada vez mais difícil para a população manter uma alimentação básica de qualidade.

Os motivos para essa escalada de preços são diversos, mas um dos principais fatores está na crise climática, que tem afetado diretamente a produção agrícola. Secas severas em algumas regiões e chuvas excessivas em outras comprometeram a colheita de itens essenciais como feijão, café e laranja. O fenômeno climático El Niño segue impactando lavouras e especialistas indicam que a instabilidade deve continuar pelos próximos meses, pressionando ainda mais os preços.

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Outro problema grave que contribui para a alta dos alimentos é a desvalorização do real e o aumento dos custos de produção. O dólar elevado encarece fertilizantes, defensivos agrícolas e até mesmo combustíveis, o que reflete diretamente no preço final dos alimentos. Além disso, a exportação agressiva de produtos agrícolas — incentivada pelos altos preços pagos no mercado externo — diminui a oferta interna, elevando ainda mais os custos para o consumidor brasileiro.

A política econômica do governo Lula também tem sido alvo de críticas. Apesar de afirmar que a inflação está sob controle, a realidade enfrentada pelas famílias de baixa e média renda é de queda do poder de compra e insegurança alimentar crescente. Medidas concretas para conter essa escalada de preços são praticamente inexistentes. O aumento dos impostos, o crescimento do endividamento das famílias e a falta de incentivos para reduzir os custos de produção só agravam o problema.

Os brasileiros já sentem no dia a dia o peso dessa crise e, segundo projeções, a tendência é de que os preços dos alimentos continuem subindo nos próximos meses. O feijão, por exemplo, já registra alta de mais de 30% nos últimos 12 meses e a carne bovina segue inacessível para muitos consumidores. Produtos como café e laranja, que já estão com preços elevados, devem sofrer novos reajustes devido à baixa oferta causada por problemas climáticos e demanda externa aquecida.

Com salários defasados e custo de vida cada vez mais alto, milhões de brasileiros estão sendo obrigados a substituir alimentos básicos por opções mais baratas e menos nutritivas. A fome e a insegurança alimentar voltaram a assombrar o país, e as perspectivas para 2025 não são animadoras.

Se nada for feito para conter essa escalada inflacionária, a população brasileira enfrentará um ano ainda mais difícil, marcado pelo aumento da pobreza e pela redução da qualidade de vida. A pergunta que fica é: até quando o brasileiro suportará pagar cada vez mais por cada vez menos?

Tags: Inflação, Lula, Fernando Haddad, IPCA, Cesta Básica