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Economia

Mercado eleva projeção de inflação para 2025 pela 18ª semana consecutiva, atingindo 5,6%

O mercado financeiro ajustou novamente suas expectativas para a inflação de 2025, marcando a 18ª semana seguida de alta nas projeções. De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (17), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,58% para 5,60%, ultrapassando o teto da meta de inflação, que é de 4,5%.

As projeções para os anos subsequentes também foram revisadas: para 2026, a expectativa passou de 4,30% para 4,35%; para 2027, de 3,90% para 4,00%; e para 2028, de 3,70% para 3,80%. Esses ajustes indicam uma tendência de persistência inflacionária acima das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Paralelamente, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi ligeiramente reduzida, de 2,03% para 2,01%, sugerindo uma leve desaceleração econômica. Para 2026, a estimativa manteve-se em 1,70%.

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No que tange à taxa básica de juros (Selic), os analistas mantiveram a projeção de 15% para 2025, refletindo a continuidade de uma política monetária restritiva como tentativa de conter a inflação. O câmbio do dólar, por sua vez, é esperado que permaneça na casa dos R$ 6,00 neste ano e em 2026, com uma leve apreciação para R$ 5,90 em 2027 e 2028.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem manifestado insatisfação com os atuais patamares da taxa de juros, argumentando que os elevados custos de financiamento prejudicam o crescimento econômico e oneram a população. Em declarações anteriores, Lula criticou a atuação do Banco Central e de seu presidente à época, Roberto Campos Neto, pela manutenção de juros elevados mesmo em cenários de inflação controlada.

A meta de inflação para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, estabelecendo um intervalo entre 1,5% e 4,5%. As projeções atuais do mercado, portanto, situam-se acima do limite superior da meta, indicando desafios para a política monetária e para o controle inflacionário nos próximos anos.

Tags: Inflação, PIB, CMN, Selic, Mercado Financeiro