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Política

A Havaninha brasileira e o Memorial da Vergonha

Em outubro de 2017, foi inaugurado em Porto Alegre o Memorial Luiz Carlos Prestes. Um bonito espaço – arquitetonicamente falando – que apresenta o revolucionário comunista como “herói” brasileiro. O prédio de 700 m2, construído em parceria com a Federação Gaúcha de Futebol, foi projetado por Oscar Niemeyer (amigo de Prestes) e demorou 27 anos para sair do papel e ficar pronto. A iniciativa, em 1990, foi do então vereador porto-alegrense Vieira da Cunha. Já o terreno foi presente da prefeitura. Contudo, ainda antes da inauguração, em 2015, centenas de pessoas protestaram contra o memorial.

Você sabe por quê?

A história de Luiz Carlos Prestes é mais uma distorção político-ideológica dos movimentos de esquerda do Brasil. Apresentado como herói, o líder comunista teve, na realidade, um passado sombrio. Com uma ficha extensa e vermelha (não me refiro à cor bolchevique, mas sim à mancha de sangue), foi acusado e condenado à prisão pela morte da jovem Elza, de codinome Elvira Cupello Colônio, em 1936. Obviamente, essa parte negra de sua história ganha a menor ênfase quando é contada pelos amantes da utopia marxista.

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Elza era militante correligionária de Prestes, quando apaixonou-se pelo secretário-geral do Partido Comunista do Brasil (PCB), Antônio Maciel Bonfim (codinome Miranda), com quem foi morar junto. Após a Intentona Comunista de 1935 (a infeliz tentativa da implementação do comunismo no país mediante a rebelião dos quartéis), liderada pelo mesmo Luiz Carlos Prestes, Miranda e Elza foram presos em janeiro do ano seguinte. Depois de ser solta, a jovem, que tinha 16 anos, foi executada no dia 2 de março de 1936, a mando de Prestes – sendo acusada de traição ao partido. Quando se sentava para tomar o café após prepará-lo a seus colegas de militância, todos capangas de Prestes, foi enforcada, teve os ossos quebrados, para que seu corpo coubesse num saco, e depois seus restos mortais foram enterrados no quintal da casa do bairro Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro.

Antes disso, a Coluna Prestes, que durou de 1925 a 1927, marchou por 25 mil quilômetros e levou terror ao interior do Brasil, chegando até a Bolívia, com objetivo de disseminar a revolução. O movimento comunista resultou numa série de saques, mortes de inocentes e estupros. Por onde a coluna passou, houve terror. Prestes também foi acusado de trair a Pátria e doutrinar terrorismo. O líder comunista chegou a declarar que em uma guerra entre o Brasil e a URSS ele defenderia o país de Stálin – a quem teve como inspiração máxima para tentar implantar o bolchevismo soviético no Brasil, com a ditadura do proletariado.

Esta é apenas uma síntese do resumo da ficha revolucionária de Prestes, mas que deixa uma pergunta: como pode Porto Alegre manter um memorial a alguém com um currículo sangrento como esse? Talvez a resposta esteja no histórico ideológico da capital gaúcha e do próprio Rio Grande do Sul, berços de vergonhas políticas brasileiras. A última presidente impichada, por exemplo, apesar de ter nascido em Minas Gerais, teve sua formação política e ideológica aqui e conseguiu quebrar o país numa gestão desastrosa, tanto em termos de administração como de corrupção.

Nossa província, que já manteve o status errôneo de lugar mais politizado do país, não passa de uma gangrena política, com raras exceções. Na nossa terra despontou a comunista de iPhone, que usa bordão blza blza e se apropria do discurso das minorias, fazendo amarga critica às elites, mas – OH WAIT! – faz enxoval em “New York”. Ela fala em democracia, porém apoia regimes totalitários de esquerda, em uma contradição ridícula, sem escrúpulo político algum. O Rio Grande também apresentou ao Brasil a filha do amigo do terrorista Cesare Battisti, que gosta de falar contra a propriedade privada, mas não divide sua casa pelo bem da causa proletária. Critica o capital financeiro, as elites e diz que Stálin deturpou Marx, mas se enrola em seu próprio engodo e virou piada nos debates nacionais das eleições de 2014. Conseguiu perder até para o Aécio Neves nos debates. Já aquela que defende os champinhas da vida todos conhecem, não preciso escrever muito sobre. Todos sabem de quem estou falando. A fanática lulista que virou piada nas redes sociais por seu comportamento esquizofrênico e patético, defendendo bandidos e cuspindo nas famílias das verdadeiras vítimas.

Esses são apenas alguns exemplos de vergonhas políticas da nossa terra, que também “presenteou” a nação com Jango e Brizola, que entregaram o país nas mãos de revolucionários sanguinários. A lista é grande, mas paramos por aqui.

Já Porto Alegre, celeiro comunista do Rio Grande do Sul, é aquele lugar onde militantes apoiados por pela parcela de jornalistas marxistas, mudam o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida da Legalidade, em crítica ao presidente do regime militar. Contudo, ao mesmo tempo, pasmem!, aplaudem um memorial que reverencia um assassino revolucionário e traidor da pátria. Até quando vamos permitir esse atraso moral, político e ideológico?

Chega de político lunático que tem como modelos democráticos Cuba e Venezuela. Não há mais espaço para isso. A capital, nosso estado e o país não são nenhum grêmio estudantil para brincar de revolução. Que o Rio grande do Sul deixe de ser a necrose política do nacional e que Porto Alegre não mais seja a havaninha do Brasil.

Não ao memorial Prestes!