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Internacional

Dilma Rousseff se reúne com Vladimir Putin na Rússia

Ex-presidente e atual chefe do banco do Brics discutiu questões econômicas com o líder russo, mas negou intenção de realizar novos projetos com Moscou em razão das sanções impostas ao país pela invasão na Ucrânia.A ex-presidente da República e atual presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, foi recebida nesta quarta-feira (26/07) pelo presidente da Rússia, Vladmir Putin, em São Petesburgo. Ela participa da 2ª Cúpula Rússia-África, realizada no país.

Em postagem nas redes sociais, Dilma esclareceu que o banco do Brics, chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), não avalia novos projetos na Rússia em razão das sanções impostas ao país por seu papel na guerra na Ucrânia.

O NDB informou que opera dentro das “restrições aplicáveis nos mercados financeiros internacionais e de capitais”.

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Segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin, o encontro de Putin com líderes africanos tem como objetivo o fechamento de “acordos nas áreas comercial, econômica, científica e humanitária*.

Dilma também se reuniu com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para discutir a próxima cúpula do Brics, que deverá ocorrer entre 22 e 24 de agosto no país africano.

Mandado de prisão contra Putin

Putin, porém, não vai participar do encontro. Ele é alvo de um mandado de prisão emitido em março pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, em razão de crimes cometidos durante a invasão russa na Ucrânia. As autoridades sul-africanas seriam obrigadas a prender o líder russo caso ele entrasse no país, uma vez que a África do Sul é um dos signatários do TPI.

Dilma assumiu o NDB em março, com a missão de ampliar a instituição e avançar a iniciativa de que os países-membros possam realizar transações financeiras utilizando as moedas locais. Putin, no encontro com a ex-presidente, criticou a utilização do dólar, que afirmou ser um “instrumento de luta política”.

A nota do NDB afirma que nos encontros com Putin e Ramaphosa, Dilma tratou da próxima cúpula do Brics e de questões como a expansão de membros do grupo de países, além de outros temas.