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Política

Tacla Duran diz que honorários de Moro na Alvarez & Marsal superavam oito dígitos

O advogado Rodrigo Tacla Duran, desafeto do presidenciável Sergio Moro (Podemos) e que denunciou a tentativa de extorsão por parte do advogado Carlos Zucolotto, amigo do ex-juiz, para ser blindado na Lava Jato, estima que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ganhou mais de R$ 10 milhões da Alvarez & Marsal.

A consultoria estadunidense recebeu R$ 42 milhões de empresas brasileiras quebradas na Lava Jato. A revelação foi feita pelo jornalista Luís Nassif, no GGN, que citou declaração de Duran dando conta que Moro teria recebido ganhos de oito dígitos, ou seja, mais de R$ 10 milhões.

Segundo a Veja, a Alvarez & Marsal recebeu ao todo R$ 42,5 milhões “ao longo de vários meses”, sendo “1 milhão de reais por mês da Odebrecht e da Atvos, antiga Odebrecht Agroindustrial, 150 000 da Galvão Engenharia, 115 000 reais do Estaleiro Enseada (que tem como sócias três construtoras investigadas em Curitiba, Odebrecht, OAS e UTC) e 97 000 reais da OAS”.

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Moro, que ganhou R$ 646 mil como juiz em 2018 – antes de aceitar a proposta para comandar o “super” Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro – teria embolsado em 2020 na consultoria bem mais que os executivos da empresa, que têm um ganho anual em torno de R$ 1,7 milhão.

Pré-candidato do Podemos à Presidência, Moro resiste em abrir seus vancimentos, alegando que é assunto privado.

Mais uma derrota para Moro (Podemos). O Tribunal de Contas da União (TCU) retirou, nesta sexta-feira (21), o sigilo de documentos que mostram os valores dos honorários pagos ao ex-juiz pela Alvarez & Marsal.

A decisão foi de Bruno Dantas, ministro relator da ação, que investiga irregularidades envolvendo a Operação Lava Jato e a Odebrecht. Dantas também tirou o sigilo de peças referentes à empreiteira que, até o momento, eram confidenciais.

O pedido foi apresentado por Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do Ministério Público de Contas.

Furtado afirma, na ação, que é necessário investigar “prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Sergio Moro, mediante práticas ilegítimas de revolving door, afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas nas operações efetivadas no âmbito da chamada Operação Lava Jato”.