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Internacional

Amazônia Legal e consórcio internacional assinam acordo na COP26

O Consórcio da Amazônia Legal assinou neste sábado (6) um memorando de entendimento (MOU, em inglês) com um consórcio internacional que visa a redução de emissões de carbono pelo financiamento florestal (conhecida pela sigla LEAF).

Não há negociações oficiais sobre o texto final do livro do acordo de Paris na COP26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, em Glasgow, na Escócia neste sábado. O dia será dedicado apenas a encontros multilaterais.

O objetivo da coalizão é parar o desmatamento ajudando financeiramente a proteção de florestas tropicais em grande escala. Em 2021, o LEAF mobilizou US$ 1 bilhão em financiamentos públicos e privados.

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Na sexta-feita (5), o governador do Pará, Helder Barbalho, chegou à COP 26 representando o grupo dos nove estados que compõem Amazônia Legal.

O secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’ de Almeida, tinha se reunido com o ministro do Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido, George Eustice, para tratar de um outro acordo que visa a receber parte dos 1,5 bilhões libras do governo britânico para o combate ao desmatamento em todo o mundo.

“Do ponto de vista estratégico, o ministro disse que o Reino Unido quer apoiar os estados subnacionais sobretudo a Amazônia. Apresentamos a ele um plano de recuperação verde incluindo a restauração florestal, combate ao desmatamento e bioeconomia. E antes, tivemos uma reunião com uma agência de investimentos também do Reino Unido e eles abriram as portas para que possamos fazer investimentos em infraestrutura verde”, disse Mauro O’ de Almeida, que acrescentou que 300 milhões de libras já estão reservados pelo governo britânico para Amazônia dentro do continente sul-americano.

O governador Helder Barbalho lembrou ainda que o Fundo da Amazônia, administrado pelo governo federal, está paralisado desde 2019.

“É fundamental recompor pontes. No ano de 2019, nós governadores da Amazônia Legal fizemos diversas reuniões com ministério e com embaixadas da Noruega, do Reino Unido e da Alemanha para tentar retornar o diálogo e para mostrar que havia boas intenções. Lamentavelmente, o acirramento desse processo fez com que houvesse o congelamento. De lá pra cá não houve nenhum procedimento novo que nos coloque num horizonte de expectativa próxima. Este fundo foi responsável por diversos programas e nós temos ainda programas ativos que são anteriores a 2019 e que são fundamentais. O Pará foi o estado que mais recebeu recursos desse fundo. Para se ter uma ideia o que nós conseguimos de recursos que compõem o Plano Amazônia Agora (estadual) para fiscalização e monitoramento foi do Fundo da Petrobras oriundo da Lava Jato”, mencionou Barbalho.