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Ministros de Lula ‘turbinam’ salários com gratificações, diz jornal | O TEMPO
Os salários dos ministros, que hoje é de R$ 41.650, acaba sendo turbinado pelos "jetons", que são as gratificações por eles serem membros de conselhos de empresas ligadas à União
Política
Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem seus salários turbinados com gratificações, os chamados “jetons” e acabam extrapolando o teto do funcionalismo público, que hoje é R$ 41.650,00. O levantamento do jornal O Globo listou, ao menos, nove ministro de Lula. Eles integram conselhos de empresas estatais ou privadas vinculadas à União, por causa disso, eles recebem os jetons. Os salários dos ministros, que hoje é de R$ 41.650, acaba sendo turbinado.
Segundo reportagem do jornal carioca, em órgãos como os do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), os valores podem chegar a R$ 28 mil mensais. Já em empresas como Itaipu Binacional, não há transparência e os pagamentos extras ficam sob sigilo.
Os nove ministros a fazerem parte de conselhos e que recebem as bonificações são: Fernando Haddad (Fazenda); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Flávio Dino (Justiça); Camilo Santana (Educação); Mauro Vieira (Relações Exteriores); Esther Dweck (Gestão e Inovação); Rui Costa (Casa Civil); Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Carlos Lupi (Previdência).
No caso de Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro do MDIC), ele é o único ministro que é membro de conselhos, mas não recebe remuneração. Ele é conselheiro na Apex e na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.
A bonificação não acontece apenas no alto escalão do governo. Nos primeiros seis meses da gestão Lula, 416 pessoas receberam pagamentos por integrarem conselhos de empresas, de acordo com dados disponíveis no Portal da Transparência. Ao longo do ano 2022, o último da gestão Jair Bolsonaro, 460 servidores receberam a gratificação, dentre eles 13 ministros.