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Números da economia brasileira melhoraram em 2023? Veja gráficos
Veja o desempenho de dados como inflação, juros, desemprego e dólar.
Economia
Inflação e desemprego em queda, e agora também os juros. Diversos indicadores têm apresentado melhora em 2023, mas ainda há dificuldades pela frente para a economia brasileira decolar. Economistas ouvidos pelo UOL afirmam que os números estão mais consistentes, mas que ainda há muito o que melhorar.
Economia está melhor?
Dados mostram uma recuperação mais consistente dos indicadores. A inflação no acumulado em 12 meses caiu para o menor patamar em quase 3 anos e o desemprego caiu para 8%, a menor taxa para um 2º trimestre desde 2014. As projeções para o crescimento da economia também têm sido revisadas para cima.
Nota de crédito do Brasil foi elevada por duas agências internacionais de classificação de risco. Entre as justificativas para subir a avaliação do país, a Fitch e a DBRS citaram avanços na reforma tributária, a votação do arcabouço fiscal e um "desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado".
Expectativa, porém, é de que o PIB não seja forte neste ano. A taxa de juros em patamares elevados ajuda a controlar a inflação, mas também pressiona o consumo e a atividade econômica. A projeção atual do mercado, segundo o último boletim Focus do Banco Central, é de um crescimento econômico de 2,24% em 2023, abaixo dos 2,9% de 2022.
Ainda temos algumas incertezas no cenário, mas um otimismo maior com a desaceleração da inflação. Se não tiver nenhum agravamento por clima ou preço do petróleo, podemos ter até uma inflação dentro do intervalo de tolerância da meta [em 2023].
André Braz, economista da FGV Ibre
Quando olhamos para frente, para além dos impactos da politica, acho que podemos ter otimismo. Com a reforma tributária, arcabouço fiscal, que levaram a revisão do rating Brasil, tudo isso gera condições para um crescimento sustentável a longo prazo.
Rafael Pacheco, economista da Guide Investimentos
Eu não diria que ela está melhor do que nos últimos meses. Desde o segundo semestre do ano passado, vemos números bem mais consistentes, não só do ponto de vista da atividade, do mercado de trabalho, mas a inflação começando a reverter esses picos. É um ciclo de retomada que já vem acontecendo e que continua nesse ano.
Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria.