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Economia

Ibovespa sobe e renova maior pontuação desde abril, mesmo com dados fracos da China

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, subiu nesta segunda-feira (15), mesmo após dados econômicos fracos vindos da China.

O índice teve alta de 0,24%, a 113.032 pontos. É a maior pontuação desde 20 de abril (114.344 pontos). Veja mais cotações.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 2,78%, a 112.764 pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa subiu 5,91% na semana e acumula avanço de 9,56% no mês. No ano, a alta é de 7,83%.

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O que está mexendo com os mercados?

No exterior, os mercados eram pautados pela cautela após dados econômicos fracos da China reacenderem os temores de uma desaceleração econômica na segunda maior economia do mundo. O banco central chinês cortou as principais taxas de empréstimo em uma ação inesperada após dados mostrarem que a economia desacelerou em julho.

O foco dos investidores segue nas expectativas de inflação de médio prazo e na trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos e nas grandes economias.

"Lá fora, estamos vendo um dia um pouco mais positivo (...). Elas estão sendo mais favorecidas pelas baixas nas taxas de juros (principalmente, as de 10 anos, que agora está sendo negociada em 2,78%, e já chegou a bater os 3% alguns meses atrás). Creio que essas quedas nas taxas de juros de longo prazo têm dado um pouco de alívio nessas grandes empresas de crescimento", diz Jennie Li, estrategista de ações da XP, em relatório.

Por aqui, o Banco Central informou nesta segunda-feira que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), indica que a economia brasileira registrou expansão de 0,57% no 2º trimestre.

Os analistas do mercado financeiro reduziram de 7,11% para 7,02% a estimativa de inflação para este ano, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Já a previsão para 2023 passou de 5,36% para 5,38%.

O mercado financeiro também passou a prever uma alta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, contra 1,98% previsto anteriormente. Já para 2023, a previsão de alta avançou de 0,40% para 0,41%.

Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a expectativa foi mantida em 13,75% ao ano no fim de 2022 e em 11% ao término de 2023. Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.

Por fim, a Petrobras informou nesta segunda que vai reduzir o preço da gasolina vendida às distribuidoras em 4,85%. A partir de terça-feira (16), o preço do litro passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro, uma redução de R$ 0,18 por litro.

No mês de julho, a gasolina ficou em média 15,48% mais barata nas bombas, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Em 12 meses, no entanto, ainda acumulava alta de 5,64%. A queda de preços no mês foi puxada principalmente pela imposição de um limite para as alíquotas do ICMS, imposto estadual que incide sobre o combustível.

O levantamento semanal de preços feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), no entanto, não é divulgado há duas semanas, após uma tentativa de ataque aos sistemas da agência.