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Economia

Leilão da tecnologia 5G será disputado por 15 empresas nesta quinta-feira

A nova geração da internet móvel está batendo à porta do Brasil. Acontece nesta quinta-feira, 4, o leilão da tecnologia 5G, que vai ter a participação de 15 empresas, incluindo cinco operadoras de telefonia que atuam no Brasil e enviaram as propostas. Os outros interessados, segundo a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), são consórcios com potencial para prestar o novo serviço da faixa de internet. A expectativa é que as capitais das 27 unidades federativas esteja com o sistema em funcionamento até julho de 2022. Os lotes ofertados serão divididos em nacionais e regionais e vão contemplar pelo menos quatro faixas de frequência. A empresa que arrematar algum lote do leilão 5g terá regras rigorosas a cumprir, como a construção de uma rede privada para a administração pública federal e sinal 4G em todas as rodovias brasileiras.

Na Amazônia, a empresa vencedora terá que criar redes fluviais de fibra óptica e ainda, terá que fazer investimentos da migração da TV aberta via satélite da banda “C” para banda “ku”, sendo necessário instalar novas antenas e receptores para famílias de baixa renda. E o principal: as escolas públicas deverão ter internet de qualidade para estudantes e professores. Antes do leilão, marcado para quinta-feira, dia 4, a Anatel vai divulgar quais empresas cumpriram os requisitos exigidos pelo edital. A expectativa é que o certame levante quase R$ 50 bilhões, mas apenas R$ 3 bilhões serão destinados aos cofres públicos. O restante será gasto em obrigações de investimentos, conforme prevê o edital. Para levar internet para as escolas de educação básica no país, o governo federal pretende investir cerca de R$ 7,5 bilhões.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, antecipou à Jovem Pan que o dinheiro arrecadado não irá todo para a União, apenas uma parte pequena. “Então, vai ser a primeira vez que nós teremos um leilão não arrecadatório, o que significa que o valor que for arrecadado não será a União, será para o setor de telecomunicações. Para que a gente resolva todo o ecossistema, para que não tenha, em pleno 2021, 40 milhões de brasileiros sem internet”, disse. Ainda segundo o ministro, as empresas vencedoras que não cumprirem as regras podem ser multadas e perder as concessões.