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Dólar salta com possível nomeação ministerial de Tebet e desoneração de combustíveis
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Dólar salta com possível nomeação ministerial de Tebet e desoneração de combustíveis

A moeda americana subiu 1,50%, a R$ 5,2887 na venda. Foi a maior alta percentual diária desde 25 de novembro (+1,8%)

Economia

O dólar avançou frente ao real nesta terça-feira (27), com atenções voltadas às nomeações ministeriais do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, à possível prorrogação da desoneração de combustíveis e, no mercado externo, aos efeitos da flexibilização da política de Covid zero na China.

No mercado à vista, o dólar subiu 1,50%, a R$ 5,2887 na venda. Foi a maior alta percentual diária desde 25 de novembro (+1,8%).

O deputado Alexandre Padilha, futuro ministro das Relações Institucionais, disse nesta terça-feira que a senadora Simone Tebet (MDB) teria aceitado o convite para assumir o Ministério do Planejamento no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, mas não houve ainda um anúncio oficial.

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Para Larissa Brito, planejadora financeira da Planejar, a falta do quadro completo dos nomes que irão chefiar os ministérios é negativa para os movimentos do câmbio pois ressalta a indefinição sobre a política fiscal do futuro governo.

"Acho que o mais importante agora é a definição fiscal. O mercado está à espera desses novos nomes. Porque é preciso que eles sejam divulgados, mas o mercado precisa também que esses nomes sejam enxergados com bons olhos pelo próprio mercado."

Outro fator que contribuiu para a alta do dólar, segundo ela, foi a possível extensão do prazo para o fim da desoneração fiscal de combustíveis. O governo Jair Bolsonaro decidiu autorizar uma prorrogação de 30 dias no prazo da isenção, o que estenderia a validade da medida até o fim de janeiro, informou à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta terça-feira.

A decisão, se confirmada, reduzirá a disponibilidade de receitas do governo em 2023 e pode afetar o ciclo de aperto monetário do Banco Central.

No cenário externo, a liberação gradual das medidas sanitárias contra a Covid-19 na China impulsionou alguns mercados, principalmente os emergentes. A Comissão Nacional de Saúde (NHC) da China afirmou, na noite de segunda-feira, que Pequim deixará de exigir quarentena aos viajantes que chegam ao país a partir de 8 de janeiro.

"Como consequência, os mercados reagiram positivamente, impulsionando índices acionários e preços de commodities, o que pode ser positivo aos países emergentes como o Brasil", disse a XP em um relatório nesta terça-feira.

Brito, da Planejar, destacou que a sessão desta terça-feira teve volume reduzido, com as negociações esvaziadas no final do ano.

O Banco Central vendeu nesta manhã US$ 2 bilhões em dois leilões de venda de moeda conjugados com leilões de compra no mercado interbancário, em operações a que recorre principalmente em momentos de falta de liquidez.

A colocação de liquidez será liquidada na quinta-feira, com as recompras previstas para 2 de fevereiro e 4 de abril. Na última quinta-feira, o BC já havia feito um leilão nos mesmos moldes, quando também foram vendidos US$ 2 bilhões.