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Economia

Ibovespa tem 3ª queda consecutiva

Preocupações com a atividade econômica global e com o setor bancário dos Estados Unidos contribuíram para o recuo de 0,88% do Ibovespa nesta quarta-feira (26), e o dia fechou a 102.312,10 pontos, em sua terceira queda consecutiva.

No cenário interno, a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) ficou um pouco abaixo do esperado, o que também foi fator de pressão no índice de referência da Bolsa brasileira.

O volume financeiro foi de R$ 18,6 bilhões. A Petrobras e o setor financeiro tiveram os maiores pesos no índice, enquanto a Vale e a RD ficaram como destaque de alta.

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Cotado a R$ 5,0589 na venda, o dólar à vista fechou o dia em leve queda ante o real, de 0,1%, muito próximo da estabilidade. A sessão não teve fatores fortes para orientar os negócios no Brasil, pois o foco foi no exterior, onde a moeda americana sustentava perdas frente a outras divisas.

Para especialistas, a agenda de indicadores esvaziada no Brasil, somada à relativa calmaria na área política, tem feito o dólar oscilar nos últimos dias, em sintonia com os mercados internacionais.

No exterior, a divulgação de dados fracos da economia americana trouxe um viés de baixa para a moeda dos EUA.

Na B3, às 17h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,09%, a R$ 5,0605.

Os fatores externos também foram predominantes na sessão e determinaram o rumo do Ibovespa. "Ações de setores mais ligados ao cenário global estão sofrendo", disse Adriano Yamamoto, head comercial da corretora do C6 Bank. Ele cita como exemplos os papéis ligados a commodities, com exceção da Vale, que mostrou alguma recuperação no dia.

Em Nova York, o S&P 500 e o Dow Jones caíram 0,38% e 0,68%, respectivamente, diante de temores de recessão econômica. Uma nova derrocada das ações do First Republic Bank ainda elevou as preocupações com o setor bancário americano.

O Nasdaq destoou e fechou em alta, após resultados positivos de empresas de tecnologia, em especial da Microsoft.

No Brasil, o IPCA-15 subiu 0,57% em abril, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma desaceleração frente à alta de 0,69% em março. O resultado veio abaixo do aumento de 0,61% esperado pelos analistas.

"A leitura do IPCA-15 de abril corrobora o cenário de desinflação em curso, embora as medidas ainda continuem rodando acima do compatível com o cumprimento da meta de inflação", escreveu a equipe do Itaú.

A temporada de balanços local também está no radar, com a divulgação de resultados financeiros e prévias operacionais. Os números consolidados da Vale e da 3R Petroleum são esperados para depois do fechamento do mercado, ainda nesta quarta.