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Haddad e Tebet na economia: o que fará cada um?
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Haddad e Tebet na economia: o que fará cada um?

Haddad no Ministério da Fazenda e a ex-senadora Simone Tebet na pasta de Planejamento terão a economia nas mãos, mas pode haver discordância de rumos

Economia

Muito se falou das responsabilidades de Fernando Haddad à frente da economia brasileira e suas habilidades como gestor no Ministério da Fazenda. O mercado estrilou após a indicação, analistas duvidaram de sua capacidade. Por outro lado, o embrolho envolvendo a nomeação de Simone Tebet para um ministério importante – merecedora que foi devido a sua participação decisiva na eleição de Lula – trouxe à tona a função que ela vai exercer no Ministério do Planejamento. Haddad, orientado pela esquerda, e Tebet, uma liberal, terão a economia nas mãos nos primeiros meses do governo – há quem duvide que acabem juntos os quatro anos de governo. Será que vai haver embate? Crash? Discordância de rumos? Até que ponto uma pasta interfere na outra?

O Ministério da Fazenda é o órgão da estrutura administrativa da República Federativa do Brasil responsável pela formulação e execução da política econômica, conforme explica o portal do governo federal. A administração fazendária da União e a administração fiscal do país também são de responsabilidade da pasta.

Os gastos do Orçamento, como serão orientadas as políticas de economia, geração de receita e o diálogo com o mercado financeiro são, portanto, algumas das tarefas de Fernando Haddad.

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Dessa vez, Haddad retorna ao modelo extinto pela gestão de Jair Bolsonaro em 2019, onde Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior e o Ministério do Trabalho foram transformados no Ministério da Economia e liderados por Paulo Guedes.

O que Haddad diz?

Em pronunciamento na cerimônia de posse, o novo ministro reafirmou o compromisso de enviar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre, a proposta de uma nova âncora fiscal “que organize as contas públicas, que seja confiável e, principalmente, respeitada e cumprida”. Haddad afirmou que não existe política fiscal ou monetária isoladamente. “O que existe é política econômica que precisa estar harmonizada”, afirmou.

Haddad fez questão de destacar que trabalhará com uma combinação de ambição e factibilidade das metas para a economia e que o objetivo é estabelecer um plano que garanta ao mesmo tempo sustentabilidade econômica, social e ambiental.

E o Ministério do Planejamento?

No novo escopo de Lula, também retorna o Ministério do Planejamento, dado à ex-senadora Simone Tebet. A pasta tem como missão planejar e coordenar as políticas de gestão da administração pública federal, para fortalecer as capacidades do Estado para promoção do desenvolvimento sustentável e do aprimoramento da entrega de resultados ao cidadão.

Tebet ainda não assumiu o cargo, e deve aguardar outras nomeações e tomar posse na quinta-feira, 5. Ela foi uma das últimas a serem convidadas por Lula a assumir uma pasta na equipe ministerial, e já afirmou que vai escolher sua equipe após conversa com Haddad.