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Economia

Pesquisa: confiança em Haddad cai e mercado não crê em déficit zero

A confiança do mercado financeiro na equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diminuiu e a maioria dos profissionais do setor financeiro não acredita que o déficit primário seja zerado no ano que vem.

É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (19/9) pela Genial/Quaest. Segundo o levantamento, apenas 5% dos entrevistados acreditam na meta de déficit zero em 2024 apregoada pelo governo.

De acordo com a pesquisa, somente 14% dos entrevistados entendem que o pacote de medidas anunciadas pela equipe econômica para aumentar a arrecadação no ano que vem levará ao fim do rombo nas contas públicas. Para 86%, a meta fiscal não será cumprida, mesmo que as receitas aumentem.

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Haddad

O levantamento da Genial/Quaest mostrou que houve uma deterioração na avaliação do mercado sobre o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Entre julho e setembro deste ano, subiu de 40% para 48% aqueles que dizem confiar pouco ou não confiar no ministro. Os que confiam em Haddad recuaram de 13% para apenas 10%.

A avaliação sobre o desempenho de Haddad no comando da pasta também piorou. Depois de ter subido quase 40 pontos percentuais entre maio e julho, a percepção positiva caiu quase 20 pontos na nova pesquisa, de 65% para 46%.

A avaliação negativa sobre o trabalho de Haddad aumentou 12 pontos percentuais, de 11% para 23%. O percentual dos que dizem que a gestão do ministro é regular saltou de 24% para 31%.

Entre os agentes do mercado, diz a Quest, aumentou em 19 pontos percentuais, entre julho e setembro, a parcela dos que entendem que a política econômica vai na direção errada (de 53% para 72%). Os que a avaliam no caminho certo caíram de 47% para 28%.

Com isso, diminuiu o percentual dos que esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses (de 53% para 36%). Os que projetam uma piora são 34% (ante 21% no levantamento anterior).

Lula

A confiança em Lula, por sua vez, seguiu estável, mas em nível baixíssimo. Aqueles que dizem confiar pouco ou nada no presidente da República caíram de 95% para 91% entre julho e setembro, enquanto os que confiam no petista oscilaram de 1% para 2%.

A pesquisa da Genial/Quaest ouviu 87 profissionais de fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro.